Um pouco da autora

“Eu sou assim”

 

Meus vários defeitos e eu admitimos: nasci mesmo com todos eles, vivo e convivo há mais de 30 anos com cada um. E sim, já desisti de tentar alcançar algum tipo de “perfeição”.
Tenho os ‘bad hair days’, caspa, pele seca e vez ou outra, chulé. Usei por 5 anos aparelho nos dentes, tenho vários deles restaurados inclusive. Sou desorganizada e um tanto preguiçosa. Não consigo manter meu roupeiro arrumado de jeito algum e não limpo a casa toda semana. Tenho milhares de sapatos e uso apenas uns três em cada época. Bebo café 4x por dia. Vivo fazendo planos que nem os tiro do papel, falando bem a verdade, maioria nem do pensamento para o papel. Sou rabugenta mas odeio gente de mau humor. Cheiro a nicotina e me irrito fácil. Tenho um pouco de estria no bumbum, meus dentes são amarelados e tenho celulite atrás da coxa. O meu nariz é engraçado e tenho falta de vista. Pareço legal mas não sou, às vezes o que mais quero mesmo é ficar sozinha. Arroto e sou mandona.
Brigo por besteiras e depois tenho vergonha de me desculpar. Na maioria das vezes tenho razão, sou assim. Amo minha família mas penso que eles são obrigados a me aturar em dias ruins. Não gosto de lugares cheios e de pessoas felizes ao extremo. Já saí na porrada algumas vezes. Minha visão de realidade em alguns momentos beira o pessimismo e meu humor oscila demais. Canto durante o banho e falo muito.
Não faço as unhas dos pés e dou risada de coisa sem graça. Não confio nas pessoas. Sou manhosa com o meu marido para que ele faça as coisas que peço. Não sei lidar com dinheiro. Gosto de corrigir e odeio ser corrigida. Ainda tenho alguns pré-conceitos. Inconvenientemente sincera e amo essa sensação de ser verdadeira.

Prazer, ou não. Essa sou eu, nua e crua.
Tente assumir suas fraquezas e admita que ninguém é perfeito como pintam por aí.

Um pouco da autora

Ao meu pai, o meu obrigado e todo o meu amor

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Década de 80: O taxista mais boa pinta da praça, na lida!

Tem pai amigo, pai que é chefe, pai que é pai e mãe. O meu preenche todos esses predicados.

Boa tarde, pessoas. Ontem foi dia dos pais e como eu estava ausente aqui no blog, trago hoje um post inteiro dedicado a ele: meu amado pai. ❤
Ele é o pai mais firme quando necessário, mas também sabe ser doce como ninguém mais. Cuida de mim, dos meus irmãos e passa o café todos os dias antes do sol nascer.
Sempre me pergunta se está tudo certo ou por que estou tão quieta. Se tenho bebido água, porque “água faz bem” como ele sempre costuma dizer. É ele quem faz o almoço para a família nas datas comemorativas e se preocupa com o bem estar de todos os filhos, estes já na faixa dos 30/40 anos, para ele, suas eternas crianças.
Nossos aniversários, nunca ficaram em branco, sempre teve bolo, salgadinho, presente e parabéns. E até hoje é assim por causa dele. Quando chorei por ter sido reprovada na escola, ele me deu apoio. Adorava zombar de mim quando eu perdia pra ele no dominó só para me ver ficar brava. Quando fico doente, ele fica com pena, me cuida e se não estou perto dele, me liga de 5 em 5 minutos para saber se estou melhor. Se fico sem vê-lo alguns dias, quando me encontra diz que sentiu saudade e que eu fiz falta. É durão quando mereço, mas bastam 10 minutos – ou nem isso – que tudo já fica bem entre nós. Somos muito parecidos, durões por fora e molengas por dentro. O coração transbordando emoção.

Quando pequena, era ele o meu super herói, daquele inatingível e forte, com super poderes. Só faltava voar! Ele fora para mim o homem mais forte que eu conheci, o mais inteligente que tudo sabia e o mais esforçado, tanto no trabalho quanto em casa. Eu adorava falar dele na escola e ficava toda prosa quando ele ia me buscar no fim da aula. Lembro de vê-lo atravessando o pátio da escola à minha procura, gritei para os meus coleguinhas “é o meu pai!” e saí correndo ao encontro dele.
Eu não conseguia sequer imaginar ver meu pai chorar um dia. Mas aconteceu. Era cedo quando ele me levaria mais uma vez a escola e lá estava ele dentro do carro, chorando. Lembro que meu coração infantil ficou apertado diante de uma situação que eu mal podia compreender. Se eu pudesse sentir a dor mais insuportável do mundo só para não vê-lo chorar, não pensaria duas vezes naquele momento. Foi a única coisa que entendi naquele dia.
Meu pai foi um paizão em todos os momentos, tempo integral. Me educou, me deu amor, puxou minha orelha quando precisei, me ensinou a viver. E continua até hoje me dizendo o que é certo e errado, de maneira incansável. Talvez não mais com a mesma força de 25 anos atrás, mas ele continua ali, me guiando sempre. Na verdade ele dá um banho em todos nós se tratando de disposição. Ele pode sentir qualquer dor, que continua a trabalhar e nada faz ele parar. É ou não é um super herói!?

Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, meu pai não foi uma exceção. Sei que a história dele foi maravilhosa por ter ao seu lado a única mulher que ele amou em toda a sua vida: minha mãe.

Pai, continuas o meu herói. Hoje sei bem que heróis também choram. A mãe tem muito orgulho do senhor, sempre teve e com certeza continua tendo muito mais!
Te amo, Jonny Aguiar Filho. Meu pai!

Textos da Bia, Um pouco da autora

Ideal de felicidade?

Jaguaruna, 2011. Foto por Deny S. Trevisan.
Jaguaruna, 2011. Foto por Deny S. Trevisan.

Responder parece difícil? Pois está ao nosso alcance, mais do que podemos imaginar.

Felicidade. Pra mim, é poder fazer o que amamos e estar perto de quem mais gostamos. Simples assim. Buscar por aquelas pessoas que nos fazem um enorme bem. Com elas dividir momentos, compartilhar e propagar boas histórias.. do tipo que nossos netos vão se sentar à nossa volta, nos pedir para recontá-las milhões de vezes e ainda assim vão ouvir com atenção.
Felicidade é viver e ainda conseguir sonhar.
Hey, pare o que está fazendo por um segundo – respire – viu só que maravilha você tem? Parabéns. Você está vivo, aproveite e viva de maneira plena. Temos o grande defeito de não dar valor à nossa saúde ou diminuir nossa existência aqui na terra. Tolice!
Esqueça os outros, não deixe que arrumem um problema para cada solução sua. Não dê ouvidos ao negativismo que algumas vezes nós mesmos quem criamos, não deixe sua mente se poluir e se perder em meio ao mundo esgotado e confuso de hoje em dia. Esqueça a ambição. Reencontre um amigo que o tempo afastou. Dê risada, converse com alguém que você não conhece, se ofereça para ajudar alguém nem que seja para carregar as sacolas de compras do mercado.
Seja altruísta. Tudo é válido quando há uma boa intenção. Faça de coração e o mundo irá girar a seu favor. Se hoje algo der errado, bola pra frente e paciência, acontecerá coisas melhores amanhã. Ou depois. Ah, tanto faz. Só não desista.
A partir do momento que temos esperança a felicidade aparece, ou reaparece. Não morra antes da hora, enquanto isso não acontece, mantenha seu coração vivo até o fatídico dia chegar. Não vamos transformar a rotina em vilã, vamos melhorá-la. Dê bom dia, sorria para um estranho. Cante enquanto trabalha, esqueça as formalidades.
Parece dramático? Mas a vida é assim mesmo. Um drama, uma comédia, um romance ou tudo junto ao mesmo tempo, bem típico daqueles dias inesquecíveis.

E voilà: seja feliz de maneira singular como nunca havia percebido.

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Filmes & Séries, Um pouco da autora

Meus cinco personagens favoritos de séries

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Vilão, mocinho, dona de casa, nerd ou anti-herói. Tanto faz. O fato é que eles sempre nos conquistam com carisma e bom humor – ou com a falta deles.

E aí, meus queridos. Belê?
Como falei anteriormente, #vaiterBEDAsim nesse mês de agosto. Ontem já andei tirando um dia de folga dos posts aqui no blog, mas trago hoje o meu TOP 5 personagens favoritos de séries. Alguns personagens carregam tanto carisma ao longo de sua história que os guardamos em nossos corações para sempre! Admito que não sou daquelas aficionada por milhares de séries, aliás, sou bem chata nesse quesito e não adianta: o personagem tem que me conquistar quase de cara, depois sim, vou acompanhando sua história. E sem contar nas várias séries que assisti dois ou três episódios e larguei de mão. Não sou chata, sou exigente. Ok!?

Mas chega de mimimi e vamos à minha lista?! 🙂

5. Maxwell Smart – Agente 86 (1965 – 1970)
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Bah, esse me fez rir muito quando criança! Não me recordo exatamente qual canal da TV aberta transmitia nos fins de tarde as peripécias de Maxwell Smart, entre eles ter um sapato-telefone e um sotaque engraçado. Fica aqui o meu muito obrigado pra esse canal! E um obrigado ao ator Don Adams, que deu toda graça ao detetive atrapalhado.

4. Daryl Dixon – The Walking Dead ( 2010 – atualmente)
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O cara é muito badass-mothafucka! Desde o início do TWD eu curti o personagem dele, a moto hahaha, o jeito rabugento, meio desconfiado e acima de tudo leal. O personagem dele só cresceu na série e acabou apagando o personagem central,  do policial Rick. Talvez hoje seja a única salvação de TWD, que tá caindo no meu conceito cada vez mais, tá cansativo de acompanhar.

3. Samantha Stevens – A Feiticeira (1964 – 1972)
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Eu adorava a Sam! Primeiro, porque é simplesmente uma linda e eu adoro os seus penteados e suas roupas psicodélicas da década de 60. Segundo, ela é dona de casa e também é bruxa. ELA TEM PODERES, GEEENTE! Imagine que delícia arrumar a casa num passe de mágica? HAHAHAH! Sem contar na mãe dela (Endora) e a filha dela (Tabatha) que são uma graça.

2. Sheldon Cooper – The Big Bang Theory (2005 – atualmente)
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Esse é o mestre do riso da atualidade, na minha opinião! Me acabo rindo com a sua completa falta de percepção do sarcasmo alheio, da sua hipocondria, da sua sinceridade inconveniente, a falta de humor quando todos acham graça, do excesso dela quando não devia e da eterna implicância com o Leonard. Um personagem que mistura inteligência com uma atitude na maioria das vezes infantil. Pra quê mistura melhor em uma comédia, gente?!

1. Walter White – Breaking Bad (2008 – 2013)
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Esse dispensa qualquer apresentação! Mr. White; bom pai, bom marido, apaixonado professor de química em uma escola secundária. Do outro lado da linha: Heisenberg o homem de negócios – ilícitos – e temido. Quando sua vida virou do avesso, ele se viu em meio a um turbilhão: um câncer, a esposa grávida, o filho com deficiências e a falta de dinheiro que sua família iria enfrentar. Tinha de fazer algo, e fez. O problema foi quando o poder passou a falar mais alto. Um anti-herói pra ninguém colocar defeito. Não à toa, a série foi mais que aclamada pela crítica. Saudades, White-Heisenberg!

Esta foi minha “modesta” lista. E a sua? Qual seria a lista perfeita?
Um abraço, pessoal.

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Música, Um pouco da autora

Uma banda do passado que eu traria para o presente

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Led Zeppelin, sem dúvida alguma.
Sinto muita falta de uma banda assim, original e crua.

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Engraçado. Quando perguntei ao meu marido e um amigo, qual a banda eu escolheria se tivesse tal poder, eles foram unânimes: Led Zeppelin.

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John Bonham já resumiu tudo.
Ainda precisa de mais motivos? Tenho mais cinco dos bons. Vamos lá:

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o puta feeling agressivo e técnica incomparáveis de John Bonham;
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a psicodelia guitarrística e ocultismo de Jimmy Page;
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as letras e o vocal incomparável de Plant;
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a virtuosidade de John Paul Jones no baixo/teclado;
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o RESPEITO e AMIZADE que mantinha unido o grupo.

Tamanho era o respeito entre eles que após a repentina morte de John Bonham aos 32 anos de idade em 1980, a banda encerrou suas atividades em comum acordo. Disseram na época que seria impossível continuar sem Bonham, que era um dos elos que mantinham a banda unida. Porém, Led continua um sucesso estrondoso mesmo inerte após 35 anos. São milhões de fãs espalhados por todo o planeta e com o passar dos anos, os números aumentam. Tenham o meu exemplo: nasci em 1985, cinco anos após a banda ter fechado o seu ciclo. Buuut, tenho que me contradizer: Led Zeppelin nunca vai fechar seu ciclo. Com todos os trabalhos que deixaram para nós, fãs ardorosos, traçaram uma eternidade para serem lembrados.

E foram milhões de discos vendidos. Hoje a banda é considerada por muitos, a banda mais bem sucedida, inovadora e influente da história. Fazem parte da elite dos artistas que mais venderam na história da música, várias fontes estimam recordes de vendas do grupo entre 200 a 300 milhões de unidades vendidas em todo o mundo.
A banda inglesa teve seu início em 1968 com Page e Bonham, entrando Jones por meio de um anúncio num classificado e posteriormente Plant, por indicação de Bonham. Eles basicamente possuíam um som pesado enraizado no blues e na música psicodélica. Os quatro tocaram juntos pela primeira vez em uma sala abaixo de uma loja de discos na Gerrard Street, em Londres. Ainda no início, Led Zeppelin já assinou um acordo favorável com a Atlantic Records, que lhes ofereceu uma considerável liberdade artística. O grupo não gostava de lançar suas canções como singles, pois viam os seus álbuns como indivisíveis e completas experiências de escuta. Jamais abrindo assim, mão da qualidade artística que tinham e proibindo qualquer modificação.
Por mais que Led Zeppelin não caminhem uma estrada física já por longas décadas, a banda continua forte, seguindo em frente. Sendo a banda atemporal que é. ❤
Ah se eu tivesse uma varinha de condão.

Segue o vídeo de “No Quarter”, apenas uma das minhas várias canções favoritas:
https://www.youtube.com/watch?v=tFZy4ot2O2g

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Textos da Bia, Um pouco da autora

Mudar é bom, não mudar é tão bom quanto!

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Os Batutinhas, 1994.

Ocorreu um fato bacana comigo e eu gostaria de dividir aqui com vocês.
Semana passada, criaram um grupo no Facebook com alunos da década de 90 da minha antiga escola. Ou seja, uma reunião virtual do pessoal que convivi por longos anos.
Gente, me fez um bem danado. Muitas risadas ao relembrar algumas histórias e uma sensação de que o tempo simplesmente parou como num passe de mágica ao perceber que para muitos as recordações também continuaram vivas dentro do coração.
E dentro dessas histórias, pessoas. Pessoas que o tempo mudou fisicamente, que a vida lhe deu alguns traços na pele e em seu coração com a experiência da vida. Algumas não mais aqui entre nós, que partiram cedo demais e como por encantamento estão sendo todas lembradas, uma a uma.
Com certeza hoje estariam felizes partilhando estas mesmas lembranças.
E muita coisa foi relembrada, e muita gente. Algumas que eu nem me recordava mais, outras que nunca esqueci. E conclui que amigos continuam amigos, mesmo o tempo passando, mesmo existindo a distância e mesmo no meio dessa loucura que é essa ciranda da vida.
Muitos casaram-se e tiveram seus filhos, alguns deles hoje estudando nessa mesma escola que estudamos há mais de 20 anos atrás. Outros foram embora para muito longe, alguns até do outro lado do mundo, mas continuam tão próximos quanto e virtualmente participando de tudo.
Quantos sorrisos, quantas lágrimas, quantas vitórias e derrotas passaram até hoje ao se reencontrar? E como é bom ver que na essência, continuamos os mesmos. Relembrar de apelidos e acharmos graça das mesmas coisas e casos de anos e anos atrás. Lembrarmos com carinho dos mestres que nos ensinaram, mas que também nos puniram. Muitos com pulso firme e que tinham nosso total respeito. Lembrar de cada canto da nossa antiga escola.
Lembrar de como éramos inocentes na época em que reinavam as paixões platônicas e as brigas com o sexo oposto. Meninos e meninas, como era divertida essa competição! Época do “bullying saudável”, daquele o qual ninguém escapava. Da cantina com pastel de banana e laranjinha, da vendinha do Seu Zé e suas balas de coca-cola. De esperar ansiosamente pela aula de educação física pra poder jogar bola e torcer para não ser o último a ser escolhido. Época da carteirinha da biblioteca e “alugar” os livros da escola.
Será que hoje ainda rola algo assim?
O mais importante de tudo isso é com certeza o reencontro, essas lembranças. Existe algo mais especial que um reencontro entre amigos, ex-alunos e seus professores? Conversar, relembrar e rir de algo que na época até foi um problema? Rir da vida é essencial.
Às vezes a pressa em sermos adultos mascara o quanto nossa infância é uma fase especial para nós. Quando descobrimos isso é que passamos a valorizar cada pequeno momento que tivemos. E as pessoas fazem parte disso também.

Enfim, ficamos todos saudosistas. Muitos hoje com os cabelos brancos já dando o ar da sua graça e estes sim sabem o quanto a época da escola foi importante. E eu achando que isso era exclusividade minha, tsc.
Então. Lembra daquele seu amigo de escola? Aposto que devem ter boas histórias. É hora de relembrá-las e recontá-las, isso faz bem pra alma. Mudar é bom, mas saber que você não mudou é mais gratificante ainda.

Seja adulto, mas não esqueça de como você era quando criança. Lembre da sua inocência, das suas raízes e não renegue o seu passado. Apenas celebre o que foi bom!

Um pouco da autora

Agradecer, agradecer e agradecer

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Em fevereiro desse ano, coloquei em prática algo que há muito tempo eu desejava: um destino para os meus textos e poder também compartilhar opiniões, ideias, coisas que curto e vivencio. E desde então, duas vezes por semana me ponho a escrever aqui. Não que eu tenha dias específicos para escrever, longe disso, apenas acredito que todos nós temos algo de bom para compartilhar com o mundo. Basta encontrar dentro de você o que de bom pode ser oferecido às outras pessoas. Sempre vai ter alguém precisando de um ponto de vista diferente ou ler algo que inspire bons sentimentos, de certa forma isso ajuda muito qualquer pessoa. Hoje com 5 meses de blog no ar, esse está sendo o meu trigésimo post. Aí a pergunta: “Mas já?”. Pois é, nem parece.
Já não era segredo para as pessoas mais próximas que sempre amei escrever, desde pequena. Agora dividir com outras novas pessoas essa paixão e vê-las se identificarem, se sentirem reconfortadas e me agradecerem por isso, não tem explicação! Mas para quem escrevo aqui, afinal? É para você mesmo, que entra de cabeça no que está lendo e acredita que esse é o combustível necessário para se sonhar acordado. Sonhar acordado, sim! Faz bem, é de graça e consolador nos dias difíceis. Talvez o principal motivo de não nos deixar desistir quando as coisas não saem do jeito que queríamos que saísse. Escrevo para você mas escrevo também para mim, por mim. As palavras tem esse poder de calma, de cura. Tem dias que quando escrevo, penso: “era disso que eu estava precisando”. E nada melhor que um post de número 30 (número especial!), para ser usado em agradecimento. Sim, porque agradecer é tão importante pra mim quanto qualquer outra coisa que eu for escrever aqui.

Primeiramente, gostaria de agradecer o carinho de algumas pessoas que tem vindo falar comigo sobre o blog. Aos que conheço e aos que não conheço pessoalmente. Isso tem me deixado super feliz, ter esse retorno é realmente muito bom. Pessoas que se identificaram com os meus textos, parcerias firmadas, pessoas que me sugeriram posts (que ainda não fiz, mas farei em breve), blogueiros que indicaram meus posts em seus blogs. Até uma dúvida que tiraram comigo dia desses sobre uma receita daqui do blog me deixou de certa forma contente também, parece bobeira mas não é.
O fato é, que saber que algo escrito por mim tem sido bom para algumas pessoas não tem preço. Espero mesmo de coração recebê-los aqui por muito tempo ainda.

E gostaria de usar esse espaço também, para agradecer o apoio do meu marido desde o início quando decidi criar o blog, dos meus irmãos que estão sempre opinando sobre meus posts, de alguns amigos próximos que me motivam e de colegas daqui da blogosfera que sempre se fazem presentes mesmo estando tão longe, pelas várias partes do mundo! Isso tem me incentivado mesmo a continuar.
Apesar de eu não atualizar o blog com tanta frequência, podem ter a certeza que cada conteúdo postado aqui é pensado e repensado com o maior carinho. Com 5 meses de blog temos umas receitas, umas reflexões, umas fotos. E em cada comentário que procuro responder, cada novo blog que me segue, cada opinião escrita aqui, tudo é muito valorizado por mim. Opiniões são importantes e vai de cada um saber usá-las a seu favor.

Queria apenas agradecer. Sejam sempre bem vindos.
Aproveite o tema de hoje e agradeça aquele alguém especial, é gratificante e indolor.

Textos da Bia, Um pouco da autora

6 anos de muito amô! ♥

2.191 dias do mais puro amô. (L)

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Era pra ser apenas mais um domingo como outro qualquer. Como eu disse, era. Naquela fria noite de 21 de junho de 2009 meu coração foi aquecido como nunca havia sido antes. E tudo aconteceu da maneira mais natural e mágica possível, que lembro dos detalhes como se fosse ontem e carregando comigo aquela sensação “era pra ter acontecido”. Não existe nenhuma outra explicação melhor para nós dois!
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Naquela noite, por meio de amigos em comum, nossos caminhos se cruzaram de maneira diferente e surgiu ali um sentimento novo pra nós dois. Sim, nossa história parece um delicioso filme desde então.
Talvez nem ele e nem eu sabíamos a mudança tão grande que aquela noite nos traria – ou sabíamos. Só sei que nos sentimos bem na companhia um do outro e isso foi o suficiente pra nós; sensação mágica.
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E há 6 anos atrás éramos de fato mais jovens, bobos, com anseios, pensamentos confusos, imaturos e sem grandes responsabilidades. Felizmente o vento soprou ao nosso favor e tudo aconteceu exatamente da maneira e intensidade que deveria ter acontecido. Resultado: não nos largamos mais desde aquele 21 de junho de 2009.
Vejo hoje nossa evolução e penso em tudo o que passamos juntos durante esses 6 anos de relação que tanto nos fez mudar – E COMO MUDAMOS – amadurecemos juntos, um com o outro.
Olhar para trás e ver aquele menino todo sem jeito que pediu pra ficar comigo percebe-se o bocado de tempo que estamos dividindo nossas vidas. HAHAHAH
E aquele menino todo sem jeito outra vez, supreendeu e logo me pediu em namoro. Dois anos depois, me pediu em casamento já com a segurança do homem que conheço e tenho hoje ao meu lado. (L)
Hoje dia 22, estamos casados há 1 ano e meio. O tempo voa? Sem dúvida. Mas quem sabe com exatidão o significado que o tempo carrega? Ninguém.
Quantas alegrias e tristezas, quantos beijos e quantas brigas enfrentamos. Tu me ensinou muito das coisas que aprendi nessa fase adulta, me amadureceu, me transformou de fato na mulher que sou hoje. Não que eu não seja mais a menina que teus olhos enxergam e que teu coração sente a necessidade de proteger – eu sempre ei de ser aquela menina.
E assim seguimos em frente, sendo o casal chato, que se ama, admira um ao outro, demonstrando isso de todas formas e falando “eu te amo” antes de dormir e acordando com um “bom dia, amor”. Não é culpa nossa, sempre fomos assim.
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E há 6 anos nos completamos no verdadeiro sentido da palavra, não somos mais duas pessoas – somos uma só.

Quero agradecer mais uma vez por todos os momentos que me proporcionasse: os bons e até os não tão bons. Nós não somos o casal “faz de conta”, vivemos a vida real. Sabemos que erros fazem parte da nossa história, mas também sabemos que não vivemos um longe do outro.

Te amo, Deny Soares Trevisan.
Assim, dessa maneira exagerada e só nossa.

Comportamento, Um pouco da autora

30 coisas que aprendi com meus trinta anos

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Porque todo Pokémon evolui.

No último sábado dia 13, completei 3 décadas de vida. Apesar da chuva torrencial, foi um dia muito bom e bem comemorado, com pessoas que amo/gosto pertinho de mim.
E não adianta: a gente sempre se sente fora do comum em aniversários e não falo do inferno astral. Falo dos vários abraços que recebemos, das felicitações, do carinho, dos presentes HAHAHAH. Por falar em presentes, ganhei vááários que amei! E lembram da minha wishlist? Funciona mesmo! Ganhei dois presentes dessa minha lista, depois eles vão aparecer por aqui! E como fazer 30 anos não é sempre, aliás, dizem ser esta a melhor fase da mulher porque não somos mais meninas, mas mantemos ainda o frescor da juventude. hahaha!
Por esse motivo e outros mais, resolvi então colocar no balancete as 30 coisas que aprendi no decorrer dessas 3 décadas de vivência. E como o negócio é provar pra mim mesma que a idade me trouxe uma evolução (e é coisa pra caramba), bóra lá:

1. valorizar a saúde;
Depois de uns problemas e com o passar dos anos a gente aprende, não adianta. Questão de consciência mesmo. Não precisa virar um hipocondríaco, mas é bom ficar de olho!

2. meus pais sempre tiveram razão;
Parece clichê. Mas espere chegar seus 30 anos e tente contabilizar quantos “eu te avisei”, “eu falei”, “tu não me escutou” e “viu só?” você ouviu na vida. Meus pais sempre me alertavam para muitas coisas que eu nem sempre seguia e o fim era trágico! Hoje é diferente, com a vida aprendemos a ouvir e refletir um pouco.

3. ter poucos e bons amigos;
Aquela história de “eu quero ter um milhão de amigos” só na música do Roberto Carlos mesmo, ou quando se é imaturo o suficiente para acreditar nisso. Com o tempo a gente aprende que amigos são poucos. E depois de uma certa idade são esses poucos e bons que queremos ter por perto.

4. ser vaidosa;
As meninas já nascem maquiadas, cabelo pintado e com unhas enormes. Sou tiazona, vaidosa mesmo só ali dos meus 24 anos em diante. Com a maturidade descobri que é bom ser vaidosa. Cuidar do cabelo, dar uma repaginada vez ou outra. Mas o melhor, é ter começado tarde e não ser doente por isso. É uma vaidade saudável, não uma necessidade.

5. confiar desconfiando;
Isso é um fato que sempre acabamos aprendendo. Quando jovens somos tão intensos (e tolos) que esquecemos de tomar cuidado nas relações pessoais. E aí é porrada atrás de porrada até aprender.

6. que não sou obrigada;
Porque eu não sou obrigada a nada – NADA MESMO, principalmente quando se tem 30 anos. E podem falar o que for. Sou o que sou, falo o que eu bem entender e faço só o que tenho vontade. Ponto final!

7. amadurecer com as dificuldades;
A parte que mais te amadurece é encarar a realidade. Quando somos jovens vivemos muito fora dela com a cabeça nas nuvens, sonhando. O que te traz pra realidade é encarar os problemas que surgem no decorrer da vida. Todos mudam com o tempo, eu mudei e você com certeza também vai.

8. ser mais persistente;
Amadurecer te traz força e discernimento para entender que não é com o primeiro empecilho que devemos desistir. Te faz ter foco no que você realmente quer e você persiste sem desistir logo de cara.

9. aprender com os erros;
Erros estão aí todos os dias e para nos ensinar alguma lição. A gente vive assim, tentando não cometer mais os mesmos erros. Como costuma dizer o meu sábio pai “errar é humano, persistir no erro é burrice”.

10. minha vida não ser mais um livro aberto;
É comum pessoas expondo suas vidas 24 horas. Quem passou da fase do fotolog e saiu ileso (ainda bem que deletei o meu, éca), sabe que devemos medir o que escrevemos, o que compartilhamos e o que alimentamos para os desconhecidos. Até que ponto alguém que eu não conheço pode saber o que acontece no meu cotidiano e vida pessoal? É para se pensar e hoje em dia sei o peso disso.

11. amar as pessoas enquanto elas estão do nosso lado;
Perder alguém que amamos muito nos faz refletir sobre isso, sem dúvida. E ter perdido minha mãe me fez ver que eu PRECISO aproveitar, agradar, demonstrar o meu carinho pelas pessoas que amo enquanto elas ainda estão aqui. Seja um abraço, uma palavra de carinho, um agrado. O importante é demonstrar!

12. decepção não mata;
Sabe aquela frase que você escrevia no seu caderno aos 15 anos “decepção não mata, ensina a viver”? É a mais pura verdade. Já me decepcionei com muitas pessoas e não morri. Pelo contrário, aprendi como viver melhor, medindo melhor minhas relações. Obrigada, 30 anos!

13. tomar gosto em cozinhar;
Sempre fui de meter a mão e cozinhar sozinha. Minha mãe era daquelas que achava que a caçulinha só podia ver para aprender. Talvez ela achasse a cozinha um lugar perigoso, não sei. Como pai e mãe sempre estão certos, não é que ela estava? Acho que de tanto vê-la cozinhando, hoje cozinho bem. Queria que ela visse como me saio na cozinha hoje. ❤

14. roupa boa é aquela que você gosta e se sente bem;
Nunca fui muito de ligar para roupas de marca e isso foi ficando cada vez mais nítido com o passar dos anos. Um outro papel que cresci vendo minha mãe desempenhar muito bem foi o de tricotar, crochetar e costurar na máquina Vigorelli dela. Eu achava o máximo ver as peças lindas que ela fazia e hoje também costuro. ❤

15. dirigir de maneira consciente;
Quando mais nova eu era um verdadeiro perigo nas ruas. Achava graça dirigir assim por ser mulher, mas hoje sinto vergonha pela infantilidade. O trânsito violento como anda hoje em dia, RIDÍCULO ver jovens achando que carro é tudo na vida. Pior são aqueles que continuam achando bonito fazer das ruas uma pista de corrida. Hoje sou bem sossegada e respeito as leis.

16. não seguir padrõezinhos impostos;
Sempre fui meio avessa à certos padrões, na verdade. Sempre fui meio “mulher macho”, gostava de jogar futebol, andava de carro feito uma maluca, vivia me metendo em confusão. Hoje em dia soy um anjo hahah, mas como tenho tatuagens vou arder no mármore do inferno por isso.

17. todas as pessoas mascaram algum preconceito;
Como no item anterior, já senti na pele o preconceito mascarado e nojento das pessoas. Se você tem tatuagem, é pobre, negro, gorda ou gay já passou por isso também.

18. ligar o foda-se;
Como se percebe nos itens anteriores, liguei o foda-se faz tempo. E parece que cada vez mais ele sobe de nível. HAHAHA! Incrível. Quanto mais você vive, menos você liga para as baboseiras alheias. E ainda bem!

19. ser menos paciente com certas situações;
Sempre fui pavio curto, mas tem certas situações que simplesmente não tem mais como lidar! Tem coisas que as pessoas fazem que simplesmente me irritam, sendo que 10 anos atrás eu não era assim. É outra coisa que aprendi com o tempo, perder um pouco mais de paciência!

20. viajar é preciso;
Não é segredo pra ninguém que sou uma pessoa bem caseira. Eu gosto do conforto do meu canto, o sossego e o silêncio que ele me traz, de ficar com meu marido de buena.. ou receber nossos amigos e familiares. Viajamos para poucos lugares juntos até hoje, mas de uns tempos pra cá tenho sentido a necessidade de viajar mais, conhecer lugares novos junto dele.

21. o amor chega sem aviso prévio;
Ah, esse danadinho do amor! Se você procurar loucamente não vai encontrar de jeito nenhum, ele vai brincar de esconde-esconde com você até você cansar. Aí quando você finalmente cansar e pôr em prática o meu aprendizado de número 18, ele chega de mansinho e te vira pelo avesso.

22. sim, o amor existe;
Algo importante que aprendi: existe sim aquele amor que só parece existir nas telonas. E bem assim mesmo, com o galã e a mocinha, ambos apaixonados e vivendo um amor intenso. Não tolero pessoas que dizem “amor não existe”, é o tipo de situação que acaba com a minha pouca paciência.

23. amor pode sim ser pra vida toda;
Meus pais são a prova mais doce disso. ❤

24. família é o bem mais precioso que existe no mundo;
Família-ê, família-á! Quando a gente é adolê, dá mil rateadas com ela. Com o passar dos anos, me senti mais unida e com mais necessidade de ficar junto dela.

25. ser mulher;
Até uns 5 anos atrás eu era uma cabaçona, uma infantilóide. A vida (e meu marido também) me ensinaram a ser mulher, de verdade.

26. ser esposa;
Casar não é um “felizes para sempre” e fim. É um laço que vai muito além disso.. é estar todo dia juntos, um apoiando ao outro e dando o suporte necessário pra seguirem em frente. É não desistir do outro nas brigas, nos dias difíceis, nas crises. Isso é AMOR. E ser esposa é entender tudo isso. Mas não é tão difícil quando toda noite antes de dormir você ganha um beijo e ouve um “eu te amo, dorme bem”. ❤

27. gostar mais de mim;
Quem nunca?! Já fui noiada com aparência quando era adolê, vivia me colocando defeitos. Me achava magrela demais, alta demais, desengonçada demais. Hoje, simplesmente me amo e é bom poder assumir isso. É a idade. HAHAHA!

28. lidar melhor com as mágoas;
Todos tem mágoas e por vezes elas querem dominar nossa cabeça e nos colocar pra baixo. Hoje consigo lidar melhor com elas, mas é algo ainda recente. É um eterno aprendizado na verdade, pois gente querendo nos magoar é o que mais tem por aí.

29. amor de mãe é pra sempre;
A gente sabe disso assim que nascemos, mas hoje vivencio isso. Sinto o amor dela em cada momento da minha vida, por vezes ela me dá provas reais disso! Um amor puro e forte, que vou sentir até o dia que eu partir.

30. trinta anos passam voando!
Parece que foi ontem que eu assistia Vovó Mafalda no SBT de manhã cedo e nem pra escola eu ia ainda! E que pessoas com trinta anos já eram velhas pra mim!! HAHAHAH
Aproveite com consciência cada minuto da tua vida, ela é muito importante e passa rápido demais. E vocês, quais lições já aprenderam com a vida? Se identificaram com alguma?

Textos da Bia, Um pouco da autora

Silêncio necessário

Dentro de nós mesmos encontramos todas as respostas.

“Uma tarde de chuva e melancolia. Sem jeito, ela se recosta no sofá da sua fria sala de estar apenas com a caneca de café como companhia. Esperando refletir sobre a vida, ela então indaga: “Será que todos os outros sentem essa mesma necessidade de um tempo sozinho?”. E suspira, sem esboçar uma reação sequer. Mas ela sabe que precisa de cuidado ao mergulhar na própria reflexão e se deixar levar, sua mente tem o poder de expandir-se demasiadamente, necessitando de poucos segundos para tal feito. E então, ela voa. Bem alto – mais uma vez aconteceu. Lá de cima ela observa toda sua vivência, suas experiências, suas alegrias e.. as frustrações. Ah, frustração! Nela cabe esse misto de sentimentos profundos, que nem mesmo a sua coleção completa e empoeirada de Caldas Aulete que repousam na estante da sala poderiam encontrar uma única definição. E no silêncio dessa sala fria, entre um gole e outro de cafeína, ela tenta se permitir – se permitir a sonhar alto junto com o seu vôo e assim se desvencilhar de seu cativeiro interno. Seus medos já estão expostos, nem se preocupa mais. E lá do alto, ela se sente liberta mas ainda sentindo os pés no chão: não precisa mais fingir ser o que não é, nem dar sorrisos ou escutar o que não lhe interessa. Só quer um tempo para si mesma, conversar com seus pensamentos. E naquela altura, as obrigações sociais também não a interessam mais. No sossego da sala fria e junto do último gole de café veio a sensação que ela queria: precisava de um minuto sozinha.”