Comportamento, Textos da Bia

Sobre as decisões

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Decisão é um longo caminho a ser percorrido.

“A decisão nunca é algo fácil.
Seja visando melhorar a vida, ou piorar mesmo. É como dizem, “nunca sabemos o dia de amanhã” e logo, isto implica também – e principalmente – nas grandes decisões.
O que importa no meio disso tudo é sentir que estamos mesmo no controle da nossa vida.
Porém, decisões também nos levam até ele: julgamento. Não deveria ser assim, mas é.

Pessoas simplesmente não pensam e ao menos respeitam os motivos que levaram o outro a decidir por algo, por alguém, por alguma coisa ou situação. Qualquer decisão final que seja, foi decidida pela pessoa. Motivos suficientes e vivência para discernir e assim chegar até ela não faltaram. Se não houve, as consequências estão aí para ensinar. Fim. Automaticamente, isso deveria inibir uma opinião contrária quando não bem intencionada. Seja pelo bem ou pelo mal, apenas guarde o que você acha quando não lhe for perguntado.

Rude demais? Pode ser. Mas é que temos a mania de dificultar as relações, de encontrar problemas para cada solução, de seguir pelo caminho mais difícil. Somos humanos e sendo assim, somos falhos. Uma decisão drástica nunca chega de maneira simples, ela aparece, consome a pessoa em chamas e tira o sono. Rouba a paz. Não cabe a mim e nem a você, questionar algo que não lhe afeta diretamente. Não é algo justo.

Mas e quando a decisão pode magoar alguém? Então pergunto: e quando a falta dela está afetando a tua vida? Muitas vezes pensamos tanto – ou somente – no sentimento das outras pessoas e com isso nos anulamos e isso vai nos consumindo. Sentimentos desse tipo tomam conta da gente de uma maneira ruim, fazem mal psicologicamente, agridem nosso corpo. Atacam nossa saúde física e mental sem piedade.

Não existe uma receita para se tomar a decisão correta. É preciso pesar os prós e os contras e seguir em frente. De nada adianta anular suas vontades só para evitar uma crítica ou para deixar alguém feliz, principalmente de mentirinha. Isso seria uma puta injustiça, com a pessoa e com você mesmo.

O amanhã está no amanhã, deixe-o lá. Viva o hoje e faça a SUA própria escolha.
Decida por algo que lhe faça bem. E boa sorte!”

Que façamos todos um bom dia. 🙂

Comportamento

Celebrando a estupidez humana

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Nas últimas semanas, passamos por uma comoção nacional. Houve a morte prematura de um jovem “astro” do novo sertanejo e de sua namorada. Mas houve também alegria, na comemorada legalização do casamento gay nos EUA.
A internet então se viu dividida: de um lado o preto do luto enquanto do outro, o arco-íris da igualdade na luta por direitos. Milhares choraram a perda de um ídolo, enquanto muitos outros (incluindo quem humildemente vos escreve) se perguntava quem era esse famoso anônimo. Enquanto as programações televisivas seguiam desenfreadamente cobrindo sem trégua a morte do cantor, lembrei-me de outras coberturas. Grandes personalidades que tiveram o mesmo tratamento como Ayrton Senna em 1994, Lady Di em 1997 e Michael Jackson em 2009. Fui então procurar saber quem era esse ilustre desconhecido e encontrei suas redes sociais simplesmente TRIPLICANDO o número de seguidores em questão de horas. Somos assim, temos uma atitude mórbida desde os tempos antigos e na era digital só fica cada vez mais evidente. Se está vivo qual a importância tem? Basta o mesmo morrer para ser elevado ao status de herói nacional e a “imprensa” voltar toda a sua atenção em tempo integral, oferecendo pão e circo para o povo.
E como era previsto, o Brasil se uniu nas redes sociais e se solidarizaram com a dor da perda dessas duas famílias goianas. E então a massante enxurrada de “era um cara do bem” e “ficará para sempre em nossos corações”, mais umas infinitas hashtags invadiam a web, o que explica a catarse citada na crônica.
E foi na tentativa frustrada de explicar essa comoção mórbida de vários meios de comunicação (transformando a morte do cantor num show de horror) e das pessoas pelas redes sociais, que ocorreu um protesto (?) vindo de vários “artistas-anônimos” contra um jornalista da Rede Globo, o apresentador Zeca Camargo. Alguns “artistas” do mesmo estilo e também desconhecidos para o grande público, pareceram querer pegar carona nessa tragédia. Seria um jeito bom de se promover? Belo “respeito”. E fora os ditos “fãs” que até o dia anterior mal sabiam da existência do artista e se revoltaram na internet.
Uma crônica mal compreendida de Zeca e mais uma comoção: outro massacre infundado da internet. As pessoas que até então se solidarizavam com a dor da família, passaram a escrever coisas horríveis e disseminaram todo seu ódio contra o jornalista. Uma chuva de palavras agressivas, vindas até de colegas como Danilo Gentili e inclusive daquelas mesmas pessoas que se diziam contentes pelo direito do casamento gay nos EUA.
E estes muitos que se compadeceram da dor da perda e bombardearam Zeca negativamente, com certeza assistiram o tal vídeo do cantor quando o seu corpo era preparado para o velório. Aí eu digo: quanto falso moralismo. O que seria desrespeito mesmo?
Vi cantores-famosos-anônimos OFENDENDO de forma gratuita o apresentador, talvez aproveitando mesmo a carona bizarra na fama dessa tragédia. Vi pessoas com fotos coloridas de #lovewins e #gayisok insultar e colocar em questão a sexualidade do apresentador como se explicasse o porquê de ele ter escrito a tal crônica. Oi, hipocrisia e contradição. Tão comuns na internet mas que continuam sendo irritantes.
Para quem refletiu sobre o texto, em momento algum Zeca quis criticar o artista em si ou ofender os fãs ardorosos, ele quis apenas frisar a mania mórbida que temos de colocar alguém no patamar de herói quando elas morrem, mesmo quando esse alguém não era um artista conhecido por todos os brasileiros. Sem dúvida a morte do cantor se tornou mais importante do que o próprio artista em si. Parece justo pra você?
Zeca foi crucificado sem necessidade, não achei um grande desrespeito pra todo esse mimimi comunitário. Ele apenas falou uma verdade que vários jornalistas haviam dito antes. Isso me remete à um passado não tão distante, em outubro de 1996 quando Renato Russo morreu. Lembro de ter visto apenas o SBT com um link ao vivo dando a notícia. Quando Renato morreu não houve toda essa comoção televisiva como aconteceu na última semana e acho que foi baseado nisso que Zeca Camargo fez a crônica. A televisão está cada vez pior, não tem o que oferecer e então exploram a tragédia alheia. Algo como Sônia Abrahão faz com maestria.
Enfim, o ser humano consegue ser assustador. Num dia, solidarizam com a dor de uma perda e espalham amor e afeto por direitos iguais. No outro, disseminam ódio e se mostram mais preconceituosas contra quem dizem ter iniciado o bendito preconceito.
País democrático? Onde uma opinião contrária se torna uma ofensa e motivo de protesto e barbárie virtual? Palhaçada.
Nós somos brancos, pretos, pardos, heteros, homos, sertanejos, pagodeiros, roqueiros. Somos o resultado dessa mistura do país da miscigenação que é o Brasil. Só nos falta respeito e AMOR VERDADEIRO pelo próximo, tanto dentro como fora da internet, a receita é simples. Não precisaríamos chegar a extremos assim. Infelizmente somos a raça que sabe ser estúpida quando convém.

E como cantou Renato Russo na música Perfeição:
Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações.

Música escrita há mais de 22 anos atrás e só nos mostra como nossa evolução mental continua a caminhar sem vontade.

Comportamento, Um pouco da autora

30 coisas que aprendi com meus trinta anos

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Porque todo Pokémon evolui.

No último sábado dia 13, completei 3 décadas de vida. Apesar da chuva torrencial, foi um dia muito bom e bem comemorado, com pessoas que amo/gosto pertinho de mim.
E não adianta: a gente sempre se sente fora do comum em aniversários e não falo do inferno astral. Falo dos vários abraços que recebemos, das felicitações, do carinho, dos presentes HAHAHAH. Por falar em presentes, ganhei vááários que amei! E lembram da minha wishlist? Funciona mesmo! Ganhei dois presentes dessa minha lista, depois eles vão aparecer por aqui! E como fazer 30 anos não é sempre, aliás, dizem ser esta a melhor fase da mulher porque não somos mais meninas, mas mantemos ainda o frescor da juventude. hahaha!
Por esse motivo e outros mais, resolvi então colocar no balancete as 30 coisas que aprendi no decorrer dessas 3 décadas de vivência. E como o negócio é provar pra mim mesma que a idade me trouxe uma evolução (e é coisa pra caramba), bóra lá:

1. valorizar a saúde;
Depois de uns problemas e com o passar dos anos a gente aprende, não adianta. Questão de consciência mesmo. Não precisa virar um hipocondríaco, mas é bom ficar de olho!

2. meus pais sempre tiveram razão;
Parece clichê. Mas espere chegar seus 30 anos e tente contabilizar quantos “eu te avisei”, “eu falei”, “tu não me escutou” e “viu só?” você ouviu na vida. Meus pais sempre me alertavam para muitas coisas que eu nem sempre seguia e o fim era trágico! Hoje é diferente, com a vida aprendemos a ouvir e refletir um pouco.

3. ter poucos e bons amigos;
Aquela história de “eu quero ter um milhão de amigos” só na música do Roberto Carlos mesmo, ou quando se é imaturo o suficiente para acreditar nisso. Com o tempo a gente aprende que amigos são poucos. E depois de uma certa idade são esses poucos e bons que queremos ter por perto.

4. ser vaidosa;
As meninas já nascem maquiadas, cabelo pintado e com unhas enormes. Sou tiazona, vaidosa mesmo só ali dos meus 24 anos em diante. Com a maturidade descobri que é bom ser vaidosa. Cuidar do cabelo, dar uma repaginada vez ou outra. Mas o melhor, é ter começado tarde e não ser doente por isso. É uma vaidade saudável, não uma necessidade.

5. confiar desconfiando;
Isso é um fato que sempre acabamos aprendendo. Quando jovens somos tão intensos (e tolos) que esquecemos de tomar cuidado nas relações pessoais. E aí é porrada atrás de porrada até aprender.

6. que não sou obrigada;
Porque eu não sou obrigada a nada – NADA MESMO, principalmente quando se tem 30 anos. E podem falar o que for. Sou o que sou, falo o que eu bem entender e faço só o que tenho vontade. Ponto final!

7. amadurecer com as dificuldades;
A parte que mais te amadurece é encarar a realidade. Quando somos jovens vivemos muito fora dela com a cabeça nas nuvens, sonhando. O que te traz pra realidade é encarar os problemas que surgem no decorrer da vida. Todos mudam com o tempo, eu mudei e você com certeza também vai.

8. ser mais persistente;
Amadurecer te traz força e discernimento para entender que não é com o primeiro empecilho que devemos desistir. Te faz ter foco no que você realmente quer e você persiste sem desistir logo de cara.

9. aprender com os erros;
Erros estão aí todos os dias e para nos ensinar alguma lição. A gente vive assim, tentando não cometer mais os mesmos erros. Como costuma dizer o meu sábio pai “errar é humano, persistir no erro é burrice”.

10. minha vida não ser mais um livro aberto;
É comum pessoas expondo suas vidas 24 horas. Quem passou da fase do fotolog e saiu ileso (ainda bem que deletei o meu, éca), sabe que devemos medir o que escrevemos, o que compartilhamos e o que alimentamos para os desconhecidos. Até que ponto alguém que eu não conheço pode saber o que acontece no meu cotidiano e vida pessoal? É para se pensar e hoje em dia sei o peso disso.

11. amar as pessoas enquanto elas estão do nosso lado;
Perder alguém que amamos muito nos faz refletir sobre isso, sem dúvida. E ter perdido minha mãe me fez ver que eu PRECISO aproveitar, agradar, demonstrar o meu carinho pelas pessoas que amo enquanto elas ainda estão aqui. Seja um abraço, uma palavra de carinho, um agrado. O importante é demonstrar!

12. decepção não mata;
Sabe aquela frase que você escrevia no seu caderno aos 15 anos “decepção não mata, ensina a viver”? É a mais pura verdade. Já me decepcionei com muitas pessoas e não morri. Pelo contrário, aprendi como viver melhor, medindo melhor minhas relações. Obrigada, 30 anos!

13. tomar gosto em cozinhar;
Sempre fui de meter a mão e cozinhar sozinha. Minha mãe era daquelas que achava que a caçulinha só podia ver para aprender. Talvez ela achasse a cozinha um lugar perigoso, não sei. Como pai e mãe sempre estão certos, não é que ela estava? Acho que de tanto vê-la cozinhando, hoje cozinho bem. Queria que ela visse como me saio na cozinha hoje. ❤

14. roupa boa é aquela que você gosta e se sente bem;
Nunca fui muito de ligar para roupas de marca e isso foi ficando cada vez mais nítido com o passar dos anos. Um outro papel que cresci vendo minha mãe desempenhar muito bem foi o de tricotar, crochetar e costurar na máquina Vigorelli dela. Eu achava o máximo ver as peças lindas que ela fazia e hoje também costuro. ❤

15. dirigir de maneira consciente;
Quando mais nova eu era um verdadeiro perigo nas ruas. Achava graça dirigir assim por ser mulher, mas hoje sinto vergonha pela infantilidade. O trânsito violento como anda hoje em dia, RIDÍCULO ver jovens achando que carro é tudo na vida. Pior são aqueles que continuam achando bonito fazer das ruas uma pista de corrida. Hoje sou bem sossegada e respeito as leis.

16. não seguir padrõezinhos impostos;
Sempre fui meio avessa à certos padrões, na verdade. Sempre fui meio “mulher macho”, gostava de jogar futebol, andava de carro feito uma maluca, vivia me metendo em confusão. Hoje em dia soy um anjo hahah, mas como tenho tatuagens vou arder no mármore do inferno por isso.

17. todas as pessoas mascaram algum preconceito;
Como no item anterior, já senti na pele o preconceito mascarado e nojento das pessoas. Se você tem tatuagem, é pobre, negro, gorda ou gay já passou por isso também.

18. ligar o foda-se;
Como se percebe nos itens anteriores, liguei o foda-se faz tempo. E parece que cada vez mais ele sobe de nível. HAHAHA! Incrível. Quanto mais você vive, menos você liga para as baboseiras alheias. E ainda bem!

19. ser menos paciente com certas situações;
Sempre fui pavio curto, mas tem certas situações que simplesmente não tem mais como lidar! Tem coisas que as pessoas fazem que simplesmente me irritam, sendo que 10 anos atrás eu não era assim. É outra coisa que aprendi com o tempo, perder um pouco mais de paciência!

20. viajar é preciso;
Não é segredo pra ninguém que sou uma pessoa bem caseira. Eu gosto do conforto do meu canto, o sossego e o silêncio que ele me traz, de ficar com meu marido de buena.. ou receber nossos amigos e familiares. Viajamos para poucos lugares juntos até hoje, mas de uns tempos pra cá tenho sentido a necessidade de viajar mais, conhecer lugares novos junto dele.

21. o amor chega sem aviso prévio;
Ah, esse danadinho do amor! Se você procurar loucamente não vai encontrar de jeito nenhum, ele vai brincar de esconde-esconde com você até você cansar. Aí quando você finalmente cansar e pôr em prática o meu aprendizado de número 18, ele chega de mansinho e te vira pelo avesso.

22. sim, o amor existe;
Algo importante que aprendi: existe sim aquele amor que só parece existir nas telonas. E bem assim mesmo, com o galã e a mocinha, ambos apaixonados e vivendo um amor intenso. Não tolero pessoas que dizem “amor não existe”, é o tipo de situação que acaba com a minha pouca paciência.

23. amor pode sim ser pra vida toda;
Meus pais são a prova mais doce disso. ❤

24. família é o bem mais precioso que existe no mundo;
Família-ê, família-á! Quando a gente é adolê, dá mil rateadas com ela. Com o passar dos anos, me senti mais unida e com mais necessidade de ficar junto dela.

25. ser mulher;
Até uns 5 anos atrás eu era uma cabaçona, uma infantilóide. A vida (e meu marido também) me ensinaram a ser mulher, de verdade.

26. ser esposa;
Casar não é um “felizes para sempre” e fim. É um laço que vai muito além disso.. é estar todo dia juntos, um apoiando ao outro e dando o suporte necessário pra seguirem em frente. É não desistir do outro nas brigas, nos dias difíceis, nas crises. Isso é AMOR. E ser esposa é entender tudo isso. Mas não é tão difícil quando toda noite antes de dormir você ganha um beijo e ouve um “eu te amo, dorme bem”. ❤

27. gostar mais de mim;
Quem nunca?! Já fui noiada com aparência quando era adolê, vivia me colocando defeitos. Me achava magrela demais, alta demais, desengonçada demais. Hoje, simplesmente me amo e é bom poder assumir isso. É a idade. HAHAHA!

28. lidar melhor com as mágoas;
Todos tem mágoas e por vezes elas querem dominar nossa cabeça e nos colocar pra baixo. Hoje consigo lidar melhor com elas, mas é algo ainda recente. É um eterno aprendizado na verdade, pois gente querendo nos magoar é o que mais tem por aí.

29. amor de mãe é pra sempre;
A gente sabe disso assim que nascemos, mas hoje vivencio isso. Sinto o amor dela em cada momento da minha vida, por vezes ela me dá provas reais disso! Um amor puro e forte, que vou sentir até o dia que eu partir.

30. trinta anos passam voando!
Parece que foi ontem que eu assistia Vovó Mafalda no SBT de manhã cedo e nem pra escola eu ia ainda! E que pessoas com trinta anos já eram velhas pra mim!! HAHAHAH
Aproveite com consciência cada minuto da tua vida, ela é muito importante e passa rápido demais. E vocês, quais lições já aprenderam com a vida? Se identificaram com alguma?

Comportamento, Textos da Bia

Dia dos (e)namorados

Engana-se quem pense que dia dos namorados é dia 12 de junho. Dia dos namorados é na verdade, todo dia – ou pelo menos é o que deveria ser.

Farol de Santa Marta, em 2009.
Deny e eu. Farol de Santa Marta, 2009.

Ah, o dia dos namorados!

Presentes caros, declarações apaixonadas, noites minuciosamente pensadas em cada detalhe. Eu sou contra esse dia dos namorados.
Esposos, esposas, noivos e noivas; seja lá qual for o teu nível de relacionamento, é digno de uma comemoração. Mas não a movida pelo consumismo, mas por pequenos gestos no cotidiano. Este é o combustível primordial de uma relação duradoura. Principalmente nos dias de hoje, onde tantos valores foram invertidos.
Quem está 6, 7 anos em um relacionamento bem sucedido, sabe muito bem como é manter-se enamorado da mesma pessoa. Já passamos da fase de esconder os defeitos, já rolou um bocado de briga e foi percorrido um belo caminho ao longo desses anos. Para ter uma relação sólida com alguém e dividir a vida com essa pessoa, o que está em jogo aqui não é apenas aquele significado sacana de propaganda de dia dos namorados, vai muito além de alguns presentes e datas comemorativas. É erguido com um amor fora do comum no dia a dia, estar ao lado da outra pessoa em tempo integral – dar e receber, uma troca natural e sem cobranças.
Acredito veemente que todos deveriam saber como é essa sensação um dia. Você abre sim mão de algumas coisas e continua ali feliz, realizado. Tenta ser menos teimoso e aprende a ceder algumas vezes. Passa a não mais resolver as coisas por conta própria, tudo é discutido, avaliado e assim chegar a um denominador comum. É a variável da vida.
Hoje as pessoas falam abertamente em serem autossuficientes e não precisarem de uma outra pessoa, que não querem ter sua liberdade ceifada e mimimi. Papo furado.
Quando encontramos aquela pessoa que realmente nos completa (literalmente falando), com gostos e pensamentos iguais aos nossos, a nossa liberdade não é interrompida. Só passamos a vivê-la com uma pessoa especial ao nosso lado, nos acompanhando e dividindo esses bons momentos.
Mas sabemos que convivência não é feita de bons momentos apenas. Em muitas fases teremos de enfrentar juntos as adversidades da vida e que seja de mãos dadas, onde aquele ombro amigo é sempre bem vindo. E a segurança que a certeza de caminhar juntos em todos os momentos nos dá, não tem como descrever.. é tão menos dolorido quando temos alguém que entende, sente e vive a nossa dor. Falo por experiência própria. E isso não é ser egoísta, é viver o companheirismo.
Relacionamento é algo complexo, precisa de tempo, conversa, muito companheirismo e respeito. Relacionamento não é só sexo e aquela paixão do início. Um relacionamento sólido é feito (também) de amor, risadas, lágrimas, amizade.
Talvez este seja o grande problema do mundo, acreditar que as relações tenham que ser movidas por uma paixão doentia 24h por dia como as cabecinhas bitoladas que veneram 50 tons de cinza. MITO.

O meu desejo é que realmente o mundo não precise de um dia específico pra falar de amor ou surpreender com pequenos gestos.
Amor é piegas, sim. E é o sentimento mais nobre que existe.

Ame sem precisar de um dia pra isso.

Comportamento

Pai fotógrafo faz filho com síndrome de down voar em adorável série

Este é o Wil Lawrence ♥
Sensibilidade, amor e magia resumem esta encantadora série de fotos.

Oi, pessoas nessa sexta-feira. Por um belo acaso das “internê”, acabei encontrando o blog That Dad Blog de um fotógrafo americano e fiquei extremamente ENCANTADA com a delicadeza e o amor – não só transmitido através das fotos – que ele nutre pelo filho, portador da Síndrome de Down. Criatividade, magia e um pouco de Photoshop bastaram para transformar o garoto em um super herói! Alan Lawrence, o fotógrafo e pai de Wil, de 1 ano, acredita que esta série ainda pode ajudar o seu filho futuramente. Wil é o seu caçula de uma família bastante extensa, além de Wil eles têm outros quatro filhos e mais um ainda à caminho. Ufa!

Agora algumas das fotos dessa série criada por Alan:

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Alan mora em Utah, nos Estados Unidos. Ele diz que essas fotos de Wil voando assumiram um significado especial para ele, é como ele pensa sobre os desafios únicos que Wil terá de enfrentar na medida que for crescendo. Ele espera ensinar-lhe que, mesmo com sua deficiência, ele pode fazer qualquer coisa que pôr em sua mente. Alan também está preparando um projeto chamado “Bringing The Light”, cujo objetivo será o de inspirar e apoiar outras famílias que convivem com a Síndrome de Down.

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Encantador! Difícil foi escolher dentre tantas fotos lindas! Uniu o amor, a fotografia e a luta por uma grande causa. É uma daquelas séries fotográficas de encher os olhos!

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Você pode saber mais sobre o Alan e seus projetos (e ver mais fotos lindas do Wil!) espiando aqui e aqui. Façam um excelente fim de semana, gente. Espero que tenham gostado do post. Eu amei escrever sobre esses dois. ❤

Comportamento

Infância 80/90: Os ‘porquês’ de ser a melhor

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CUIDADO: POST SAUDOSISTA!

Apesar da evolução desenfreada da tecnologia nas últimas décadas, esse saudosismo piegas da nossa velha infância não é em vão. O pessoal na faixa dos 30/40 anos, sabe como ela foi inocente e o quanto a nossa rua foi divertida e um lugar constante de brincadeiras.

Não, nós não tivemos iPad, nem iPhone, sequer internet. Nesse quesito, vimos o surgimento dos primeiros computadores, aqueles com sistema MS-DOS que vinham com ‘Prince of Persia’, hahaha! E era animal na época. Música, em vinil ou fita K7. Vídeos, só em VHS. Portanto, nada de ir no site da Google e procurar links de downloads. Tradução de músicas em inglês? Esqueçam o “letras.mus.br”, pegue um dicionário e traduza frase por frase. Achou precário? De certo modo, era sim.

Porém, tínhamos algo valioso que hoje em dia torna-se cada vez mais raro na infância: um mundo inteiro dentro da nossa cabeça! A imaginação fazia toda a diversão. E como fazia! Criatividade era a palavra.

Não existia o vício chamado selfie. Foto era em família, em datas festivas, aquelas com todos os irmãos na frente de casa. E fazendo pose! Depois, uma baita ansiedade de não poder ver o resultado até a revelação do filme! O ‘pior’ é que sempre ficavam boas. Sei lá, amo fotografia analógica. Eram tempos em que a fotografia tinha um significado. Infelizmente hoje não existe mais. Jamais queríamos coisas caras, eu pelo menos não exigia presente algum. De todas as bonecas que tive, a que mais gostei, uma Emília de pano que minha mãe costurou fora a eleita. Inclusive, brinquedos quanto mais simples eram, melhores se tornavam. Mais exigiria da nossa imaginação.

Sofremos bullying no colégio todos os dias e ninguém se importava, nem usamos isso como desculpa pra sermos violentos como andam hoje em dia. Ostentação era ter lápis de cor da Faber-Castell. Quando nosso dente de leite amolecia, “o barbante e o trinco da porta do quarto” bastavam para arrancá-lo, depois era só jogar em cima do telhado e dizer “São João, São João: leva esse dente podre e traz um são”. Funda era arma branca de porte obrigatório na época. Nos engasgamos com as deliciosas balas soft. Malabarismos com iô-iôs da Coca-Cola. Tetris no Game Boy. MiniBits de lanche no recreio. Bolachinha recheada sabor goiaba enquanto passava Jaspion na TV. Hummm, picolé minissaia. Álbuns de figurinhas colados com cola caseira e o bafo comendo solto pra ganhar figurinhas extras dos amigos. Competição de quem tinha a bike mais ‘envenenada’ da rua, apenas com papelão ou tampa de margarina e um gancho de roupa entre os raios. Surgia a febre do patins inline. Revista em quadrinhos da Turma da Mônica. Tamagotchi. Eita!

Aí você pensa: “- Muito bonito e romântico. Ótimo ter uma rua inteira pra brincar. Mas, e quando chovia?” E eu respondo: “- Um excelente motivo pra pegar a coberta num dia chuvoso e correr para o sofá com um pote cheio de chips sabor esponja e dá-lhe TV!” A televisão era sem dúvida infinitamente melhor, havia mais qualidade na grade de programação e era muito mais divertido (e menos constrangedor) sentar no sofá com toda a família. Séries de super heróis japoneses, desenhos da época, séries sem NENHUM apelo sexual, filmes inesquecíveis da Sessão da Tarde que reprisavam pela enésima vez. Programas de clipes em canais abertos. Um sonho!

Rolavam também os jogos de tabuleiro, como o Ludo, que semeava a discórdia entre meus irmãos e eu! E por muitas vezes, nós, reunidos na sala com a nossa TV Telefunken de madeira e o Dismac VJ-9000 do meu irmão mais velho, competíamos arduamente. Eram horas e mais horas de “quem perde passa o controle pro outro”. Seus jogos e fases intermináveis como Pac-Man, Frostbite, Space Invaders, Plaque Attack, Pitfall, Snoopy, Moon Patrol, Smurfs, Post Man. Delícia de infância. Tive muita sorte de ser de uma família grande e poder brincar tanto, minha infância foi realmente MUITO divertida e inesquecível.

Enfim, éramos apenas crianças sendo crianças.

A infância é algo que passa rápido demais. Crianças, POR FAVOR, não tenham pressa de crescer.

Para finalizar, o clipe de uma música da nossa geração 90’s. Atenção, afastem as cadeiras porque essa música é extremamente contagiante:

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